Alma que clama

O que dói não são os machucados que a gente adquiri quando cai ou tropeça. Porque para isso existem uma diversidades de antibióticos, analgésicos e antiinflamatórios. Os machucados que realmente doem são aqueles intangíveis, impossíveis de serem tocados. Estes ninguém vê, ninguém sente e não há remédio que cure. Existem tantas pessoas assim hoje em dia, mas poucos são os que percebem, mas se olharmos verdadeiramente para o nosso próximo, perceberemos que quase todo mundo carrega suas dores, em sua maioria em silêncio, um silêncio gritante.

Algumas dores são tão intensas que se transformam em depressão, outros se entregam às bebidas, outros às drogas, quando não prostituem o próprio corpo.  Os argumentos que justificam os maus comportamentos são inúmeros, mas tudo isso não alivia e nem se quer cura um coração ferido e uma alma quebrantada.

Algumas pessoas ficam tão desesperadas que procuram nos livros de auto-ajuda, uma solução. Psicólogos, doutores nisso e naquilo, tentam traduzir para nós, humildes seres humanos que nada sabem, algo que nos auxiliem, mas mesmo assim contar apenas consigo, ainda é muito pouco perto de tudo que temos que enfrentar. Buscamos loucamente algum tipo de luz no fim do túnel, afinal, em nosso íntimo, gritasse desesperadamente: PRECISO DE UMA SAÍDA! Mas poucos a encontram,e no fim, sempre se frustram. E então: o que fazer?

Muitas pessoas são doentes na alma! Algumas declaram, outras procuram esconder. Mas alguns procuram e encontram a verdadeira cura.

A verdade é que só quem entrega seu coração a Cristo é que pode entender como algumas pessoas suportam dores e situações inacreditáveis. Aquele que crer em Jesus acima de todas as coisas suportar o improvável e o impossível.

As pessoas precisam entender que Deus não é uma igreja, nós é que somos a igreja, não importa o nome que damos ao lugar que vamos, pois ali o que há é apenas um templo, pois o que vale de verdade, é a nossa capacidade de entregar e confiar a nossa vida naquele que morreu por nós, Jesus Cristo.  É olhar para dentro e expor todas as nossas feridas para Deus, permitir que Ele entre em nosso ser, e deixar que ele cure nossas dores e preencha nosso vazio.

Nos dias de hoje aprendemos com a sociedade a ter que solucionar nossos problemas por nós mesmos, mas às vezes é preciso aprender a entregar tudo nas mãos daquele que morreu por nós, deixar que ele aja e o tempo passe. Alguns podem até chamar isso de comodismo ou loucura, mas eu prefiro dizer que isso é fé. Fé naquele que nunca decepcionará quem quer que seja.


O que não ficou


Ando um pouco desacreditada nas coisas em que pensei serem sinceras. Eu acho que percebi que o sabor da vida não é tão doce  quando olhei do alto do castelo de onde nascem os sonhos. Não sei onde foi parar aquilo que eu mais admiro. As pessoas são tão especiais e às vezes tão cruéis. Me perdi nas minhas certezas absolutas demais e de tão certas me pareceram um pouco surreais.

Acho que o meu mundo desmoronou quando descobri que o simples é difícil e que decidir o que fazer da vida seja algo mais complicado do que aparentemente seja. Eu queria saber tanto o porquê ainda espero um dia encontrar um alguém especial que preencha esse vazio que deixaram. Como se ao conhecer outro alguém tudo fosse ficar mais simples e as minhas lembranças tão importantes, menos dolorosas.  Como se nesse instante não houvesse mais história ou amor para lembrar e sentir.

Ainda não aprendi onde se distroem os sentimentos que um dia foram sinceros. Não aceitei que a futilidade tem sido útil ao coração. Mas hoje eu entendi que as pessoas que um dia amamos serão para sempre importantes. É tão difícil ser importante para alguém, mas quando se é, se é para todo o sempre. Não há mágoa ou dor que faça o que havia antes serem menos importante. Pois que em um segundo pode-se viver uma vida inteira.