Sempre falei sobre o amor com tanta propriedade, como se por acaso eu o conhecesse tão bem assim, a verdade dolorida e cruel é que o amor, pelo tão pouco que já experimentei, esse que é quase verdadeiro e almejado por tantos, nem sempre é reciproco e quase nunca perfeito, ultrapassa a razão, a visibilidade e até as barreiras geográficas da vida e além dela. Ele não tem forma, jeito, concepção, algo que determine quando e por quem surgirá. Ele é leve como o sopro dos ventos e forte como os ruídos do trovão. São naturais como a própria a vida e sim, certamente, ultrapassa as barreiras que por sorte ou cisma colocamos na frente de tudo. O amor que nem sempre é perfeito, tão cheio de si, nos envolve e nos eleva aos céus e ao inferno. Nos dá e também nos tira a paz. Ele que é essência também é ausência. Ele que é tanto, há horas que não é nada. O amor pode ser grande como nos filmes e se for amor, realmente será…. Sou daquelas pessoas que ama pra sempre e sempre, embora isso seja lindo para escrever, não é o é na prática. Dói ser poeta, se importar e esperar que a vida seja uma poesia ou um conto de fadas, aos que como eu são sonhadores, advirto, sonhar com o amor tem seus percalços. Mas posso garantir que nada nesse mundo pode se comparar com a sorte de um grande amor, que é capaz de preencher sentidos, esperanças e anseios. Capaz de tudo, de superação, vitórias e perdões inacreditáveis. Ainda não sei se já senti um amor tão grande assim, quem sabe algum dia, mas uma coisa sei, ele existe e está por aí, em algum lugar, em algum coração e alguma esquina torta dessas que há pela vida.
“É muito melhor viver sem felicidade do que sem amor” William Shakespeare
“Quem começa a entender o amor, a explicá-lo, a qualificá-lo e quantificá-lo, já não está amando” Roberto Freire